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Empresas correm para ter aplicativos em tablets

INTERATIVIDADE

As companhias buscam abastecer, principalmente, os 100 mil tablets que já estão em circulação no país, segundo estimativas preliminares da consultoria IDC Brasil. No mundo, são 17 milhões de tablets.

"O mercado de aplicativos para tablets avançou muito mais rápido do que o de smartphones. Quando os tablets chegaram, as empresas já conheciam os aplicativos e a interatividade possível com conexão à internet 3G", diz Alex Pinheiro, presidente da Hands Mobile.

A empresa, sediada no Rio e controlada pelo fundo Ideiasnet, tem na carteira de clientes projetos como os quatro aplicativos do banco Itaú (encabeçados pelo projeto do Itaú Personnalité) e a Universidade Estácio

A desenvolvedora paulista Fingertips, que nasceu com base nos aplicativos para iPhone, passou a ter seus negócios fincados no iPad.

Entre as encomendas estão projetos corporativos para a operadora de saúde Amil e a rede de lojas Farm.

"Até o meio do ano passado, 25% dos projetos eram para iPad. Esse número mais do que duplicou atualmente", diz Breno Masi, diretor de marketing da Fingertips.

No mundo, estima-se que o mercado de aplicativos para tablet atingiu US$ 180 milhões em 2010, sem contar projetos corporativos.

A previsão para 2015 é que essa indústria movimente US$ 8 bilhões. No mundo, a venda de tablets superou a de leitores digitais, como o Kindle, no ano passado.

Web cresce mais em tablet que em celular

Até 2015, tráfego de dados em portáteis avançará 190%, ante 116% nos smartphones e 85% nos laptops, aponta Cisco

Conteúdo acessado em aparelhos como iPad ou Samsung Galaxy será equivalente a 62 milhões de DVDs

O acesso à internet por tablets crescerá mais do que o uso da rede em laptops ou celulares com funções de computador, os smartphones.

Segundo estudo da Cisco, de equipamentos de infraestrutura, até 2015 o tráfego de dados que circula pelos tablets subirá 190%, chegando a 248 petabytes (unidade de medida que representa 1 milhão de gigabytes).

Isso significa que o conteúdo acessado por aparelhos como iPad ou Samsung Galaxy Tab em todo o mundo corresponderá a 62 milhões de DVDs e será maior do que todo o tráfego móvel mundial registrado no ano passado (equivalente a 60 milhões de DVDs).

No mesmo período -entre 2010 e 2015-, o tráfego movimentado a partir de smartphones crescerá 116% e o de laptops aumentará 85%.

Em números absolutos, porém, o tráfego de smartphones e laptops continuará superior.

Segundo a IT Data antecipou à Folha, no ano passado foram vendidos 3 milhões de smartphones, ante 1 milhão em 2009.

"Ainda não há nenhuma certeza se os tablets vão canibalizar os smartphones. Quem conseguir oferecer a melhor relação preço/benefício em cada uma das categorias vai ter bons resultados", diz Ivair Rodrigues, sócio da consultoria especializada IT Data.

Boa parte do conteúdo trafegado pelos tablets virá do consumo de jornais e revistas e do setor educacional.

O projeto da desenvolvedora Hands com a Universidade Estácio, por exemplo, que deve estrear no segundo semestre, prevê a distribuição de tablets a 5.500 alunos de direito e a centralização dos livros didáticos num banco de dados on-line.

"Os tablets serão suporte do conteúdo dado em sala de aula e ajudarão a economizar papel. Só no ano passado foram 100 milhões de cópias impressas", afirma Paula Caleffi, reitora da Estácio e diretora-executiva de ensino.

Já a empresa Fingertips encontra as principais demandas no setor de mídia. Hoje 60% do faturamento já corresponde aos aplicativos para iPad para jornais e revistas com um sistema próprio.

Fonte: Folha.

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